Pseudo amor
Conversando com amigos, colegas de trabalho, jovens de diversos lugares, países, tenho percebido um evidente enfraquecimento no modo como se procura viver os relacionamentos, especificamente, no namoro. Em um ano, muitos foram os casos de amigos que passaram a estar juntos para começar a se conhecer e construir algo, mas que acabaram ao meu ver, por precipitação, terminando o relacionamento em menos de seis meses.

Como isso passou de exceção à regra, decidi me questionar sobre como procuramos construir nossos namoros. Sinto uma certa fragilidade e falta de coragem em enfrentar as dificuldades que qualquer relacionamento proporciona. Que o amor é sempre menor que elas.

Acredito que essa postura permeie há muito tempo o modo como nossos “pais” construíram os relacionamentos deles, que muitas vezes por motivos sociais, foram construídos de modo frágil e que gerou danos profundos nas famílias de hoje.

O desafio da nossa juventude é incutir a radicalidade, específica da nossa geração, no modo como construímos nossos namoros. Acreditar que o amor EXISTE e abastecê-lo com sinceridade, honestidade, abertura e se nada disso existir: misericórdia e paciência.

Não precisamos sonhar ou esperar que o Outro seja aquilo que especulamos, mas se existe amor, é preciso lutar, sofrer, chorar, para construir algo verdadeiro e perene. Desistir nas primeiras dificuldades é covardia, é não entender que edificar algo verdadeiro e eterno requer muito empenho e coragem.

Pois, se não fizermos desde já esse esforço, seremos mais uma geração de famílias sem bases, frágeis e isso causará malefícios decisivos para as próximas gerações.